Expansão do Estados Unidos para o oeste

O que foi a Expansão do Estados Unidos para o oeste?

A expansão do Estados Unidos para o oeste, mais conhecido como "Marcha para o Oeste" refere-se à expansão territorial dos Estados Unidos em direção ao Oceano Pacífico, um movimento que ocorreu principalmente durante o século XIX. Este processo envolveu a aquisição de novos territórios, seja por compra, tratados, guerras ou colonização. A expansão foi impulsionada por fatores econômicos, como a busca por terras férteis e recursos naturais, e ideológicos, como a crença no Destino Manifesto, que via a expansão como um direito e um dever dos americanos.

Quais eram os objetivos da Expansão?

"A marcha para o oeste nos Estados Unidos foi estimulada e financiada, pelo governo dos Estados Unidos, por fatores econômicos, políticos e ideológicos.

Os governos do país defendiam que a conquista de um grande território, com muitos recursos naturais, possibilitaria que os Estados Unidos se tornassem uma potência global, o que de fato veio a ocorrer. As planícies centrais também possibilitaram grande produção agrícola e o assentamento de milhões de pessoas. De forma concomitante com a marcha para o oeste, uma rede de ferrovias, de cabos telegráficos e de cidades foi construída, fortalecendo a economia.

Para legitimar e estimular a conquista do oeste, foi largamente utilizada a ideia do Destino Manifesto, crença na qual os norte-americanos seriam uma espécie de povo escolhido e destinado a conquistar terras até o pacífico."



Guerra Mexicano-Americana

"A Guerra Mexicano-Americana ocorreu entre 1846 e 1848. Após a Revolução do Texas, o México não reconheceu a posse dos estadunidenses sobre o Texas. O presidente estadunidense James K. Polk era defensor do Destino Manifesto e defendia que o Texas e a região da Califórnia deveriam ser dos Estados Unidos. Em 1846 ele enviou uma pequena tropa para o México que foi combatida pelos mexicanos. O fato fez com que o Congresso dos EUA aprovasse a guerra contra o México em 25 de abril de 1846.

Mesmo com tropas menores, os Estados Unidos conseguiram diversas vitórias sobre as tropas mexicanas, menos treinadas e equipadas do que seus inimigos. Em 1848, a guerra terminou com a vitória dos Estados Unidos e com o México assinando o Tratado de Guadalupe Hidalgo. Pelo tratado, o México cedeu a Califórnia, Utah e Nevada; além de partes do que são hoje o Colorado, Arizona, Wyoming e Novo México. A conquista do Texas também foi formalizada no tratado."

Destino Manifesto

O termo Destino Manifesto passou a ser utilizado a partir de 1845, quando o jornalista Louis O'Sullivan cunhou o termo. De acordo com o Destino Manifesto, os estadunidenses seriam um povo superior, escolhido por Deus e destinado a dominar o território do Atlântico até o Pacífico, isto é, de leste a oeste.

No século XIX, os principais jornais dos Estados Unidos divulgavam que mexicanos estavam sendo libertados da opressão dos seus governantes e que a democracia, o republicanismo, o verdadeiro cristianismo e o desenvolvimento tecnológico estavam sendo levados para eles. O mesmo discurso foi largamente utilizado para legitimar o extermínio dos povos indígenas.

O Destino Manifesto da segunda metade do século XIX continha diversos elementos presentes no ideário do período, como o darwinismo social, o romantismo e o nacionalismo. Existia a crença de que, assim como os animais na natureza, as nações competiam umas com as outras por território e recursos. Nesse processo, as nações fracas seriam subjugadas pelas mais fortes, por esse motivo, os Estados Unidos deveriam aumentar seu território.

Consequências da marcha para o oeste nos Estados Unidos

"A primeira consequência da marcha para o oeste foi a formação de um enorme país que vai do Oceano Atlântico até o Oceano Pacífico. O território era rico em recursos naturais, com grandes rios, vastas planícies férteis e de recursos minerais, e com grandes jazidas de ouro principalmente.

Por outro lado, México perdeu quase metade do seu território para os estadunidenses durante a marcha. Entre as terras perdidas estava a Califórnia, maior região mineradora da época.

Outra consequência da marcha para o oeste foi o grande crescimento demográfico. A oferta de terras atraiu milhões de imigrantes para o país. O aumento populacional levou à criação de um grande mercado consumidor, além de mão de obra para as atividades agropastoris e industriais.

Outra consequência da marcha foi o extermínio de diversos povos indígenas e a expulsão de outros de suas terras originárias. O Homestead Act, também chamado de Lei de Povoamento, garantia a posse da terra para os colonos que nela produzissem por cinco anos. Contudo, essas terras já eram povoadas por povos indígenas há milhares de anos.

A fauna da América do Norte também foi drasticamente afetada pela marcha para o oeste, principalmente os bisões. A pele do animal era muito valorizada, sua carne era consumida e seus ossos eram utilizados na fabricação de fertilizantes. No início do século XX, existiam poucos bisões selvagens nos Estados Unidos."

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